Imaginou que louco seria se fizesse tudo o que falamos? Todos os dias se passam pelas mídias, principalmente nas redes sociais, hipócritas falando sobre acabar com o PT no governo, sobre deixar os preconceitos de lado, ajudar os idosos e respeitá-los ou sobre a educação de má qualidade oferecida pelo governo.
Mas fala aí, sendo sincero, em quem você votará este ano? Duvido que você vá votar em outro candidato, estes “mimimis” já aconteceram diversas vezes na história política do nosso país, inclusive no fim do governo Lula, e aí elegeu quem? Não preciso nem responder né?
E quantas vezes de verdade você deixou os preconceitos de lado? Mesmo que inconscientemente, você nunca olhou com outros olhos a diferença? Como podemos deixar de ser preconceituosos se não educamos a nossa dificuldade de aceitar diferenças, não vou mentir, eu também já olhei com outros olhos as diferenças, mas isso não me torna um “monstro social”.
E quantos aos idosos? Você realmente se importa com eles? E será que eles realmente se importam conosco? Parece clichê, mas aquilo que aprendemos com a mãe de dar o lugar pros mais velhos é como se fosse um investimento em caderneta de poupança, não manjo muito disso, mas sei que você vai investindo agora enquanto é jovem e quando você estiver idoso também, terá como sacar seu investimento. Mas e se você não investir, perde algo? A resposta é curta e simples. Não, você não perde nada, mas não terá o direito de reclamar que, “os jovens de hoje não respeito nem educação”.
E por falar em educação, é verdade que estamos em um período em que educação é o que menos importa e cabeças pensantes são o que mais se evitam, mas você realmente se importa com a qualidade da educação? Ou você só não quer ficar de fora da manada que reclama? Os mesmos “críticos” da educação brasileira são os que reclamam que têm que levantar cedo, ou deixar de dormir até tarde ou então não poder ficar no facebook até tarde por que tem que ir a aula, é claro, existem as RARAS exceções.
Então agora a razão do titulo, seria um dia fantástico esse em que faríamos tudo o que sai pela nossa boca. Críticas e comentários a vontade, mas antes deixe sua hipocrisia de lado para que ela não fale por você.
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Um dia que entraria na história...
Local:Mafra, Santa Catarina, Brasil
Santa Catarina, 89300-000, República Federativa do Brasil
sábado, 9 de agosto de 2014
Paz sem voz não é medo
Há algum tempo, uma rede midiática paranaense lançou uma
campanha com o tema “Paz sem voz é medo”. Ela nasceu com o intuito de nos
alertar de que não adianta se exigir das autoridades a paz e ficar em silêncio.
Mas sabemos que nosso sistema
judiciário não tem capacidade de garantir tal paz, mesmo frente a várias e
várias denúncias de agressões, ameaças de morte entre outros. E se tem, não
utiliza tal capacidade pois o sistema carcerário não consegue nem ao menos ter
capacidade física para manter o agressor preso.
Quando conheci a campanha logo vi
que estava frente a um enorme paradoxo próprio do nosso país, se alguém te
ameaça denuncie, se vai ser resolvido, aí é outra história. Mas a campanha não
teve a preocupação de apresentar os enormes rombos presentes em nossa
constituição antiquada e retrógrada que, quando coloca alguém atrás das grades
esta fazendo um enorme favor para esta pessoa.
Todos nós sabemos os benefícios que
um presidiário possui entre eles a comida quentinha, o auxilio reclusão, o
direito de trabalhar para reduzir a pena ou sair com um terço da pena cumprida
por bom comportamento. Enquanto isso vários cidadãos que não cometeram crime
algum estão jogados embaixo de nossos viadutos, sem comer a dias e não
conseguem um emprego pela “inflação” no mercado de trabalho.
Outro lado desse paradoxo é
justamente aquele que já deveria ter sido alterado desde nossa independência,
mas nos livramos de Portugal para padecer nos braços dos oligarcas. Este seria
o caso dos responsáveis pelas alterações na constituição, os políticos. Eles
não têm muito interesse nessa alteração, pois muitos deles seriam prejudicados
pela rigorosidade das leis que eles mesmos criariam.
Por isso acredito que a campanha nasceu
com um ótimo objetivo, mas foram palavras jogadas ao vento, pois não temos
pessoas capacitadas para criar leis nem prisões que corrijam verdadeiramente os
cidadãos que infrinjam a constituição. Comecemos pela renovação do congresso e
aí sim estaremos dando o primeiro passo rumo à paz verdadeira.
Resenha crítica do livro A República de Weimar e a Ascenção do Nazismo
Ângela Mendes de Almeida nasceu em São Paulo, em 17 de
dezembro de 1938; é formada em ciências sociais pela USP e doutorada em
Ciências Políticas pela Universidade de Paris VIII – Saint-Dennis, com uma tese
sobre história da Internacional Comunista. Exerceu a função de professora
universitária em várias faculdades de Lisboa e Porto durante os anos 1976-79. É
autora de Revolução e Guerra Civil na
Espanha.
O primeiro
capítulo do livro aborda a situação da Alemanha antes da Primeira Guerra
Mundial e também o seu papel de enorme importância no período entre guerras,
assim como o processo acelerado de industrialização. Neste capítulo surgem
respostas para questões que facilitam entender todo o contexto da Segunda
Guerra Mundial, como por exemplo, o tratado de não agressão entre a Alemanha e
a União Soviética. Este tratado teve origem porque a Alemanha pós Primeira
Guerra foi proibida de produzir armas e munição em larga escala em seu
território, a União Soviética ofereceu então uma parte de seu território para
que a Alemanha produzisse a quantidade de munição e armas que excedia o
permitido pelo Tratado de Versalhes.
O
segundo capítulo traz a República de Weimar mostrando todas as confusões
políticas (por sinal, muito semelhantes às confusões políticas brasileiras no
período de ditadura militar) de uma forma democrática de governo implantada
durante uma guerra, onde os partidos que eram “majoritários” se dividiam entre
aceitar ou recusar os tratados de paz. Tiveram que aceitar, pois a guerra já
estava perdida.
O
terceiro capítulo traz o papel da social-democracia que acaba sendo a história
da classe operária alemã inclusive. A social-democracia surge para divulgar o
“marxismo ortodoxo” na Alemanha lutando por uma melhor condição material dos
operários alemães. Mas o Partido Social-Democrata
Alemão acabou usando o marxismo não somente como um instrumento para análise da
realidade, mas também como um marco ideológico do proletariado contra a
burguesia alemã.
O
quarto capítulo traz a decadência do comunismo alemão que era representado pelo
Partido Comunista da Alemanha que era oposição do Partido Social-Democrata
Alemão. O Partido Comunista da Alemanha acabou se transformando em Comunistas
Internacionalistas da Alemanha e sua principal característica era o radicalismo
da oposição à social-democracia. Em 1924 o Partido Comunista Alemão acabou
reconhecendo o enfraquecimento da burguesia frente a uma estabilização relativa
do capitalismo.
No
quinto capítulo então se trata do nascimento do Nazismo. A partir de 1923 a
Alemanha começou a se recuperar economicamente da Primeira Grande Guerra, esse
processo teve seu ápice entre 1927 e 1928. E o Tratado de Versalhes já começava
a se tornar insustentável, pois a Renânia tomada pelos franceses já começava a
ser devolvida gradualmente para a Alemanha, a Alemanha foi obrigada a pagar as
reparações aos países vencedores da Primeira Guerra, assim como a Alemanha
denunciava que a limitação no rearmamento do exército alemão era uma barreira
insustentável, o pagamento das reparações foi assunto de um novo plano de
governo que conseguiu acordar que deveria ser feito através de somas precisas e
escalonadas até 1988. O Partido Nacional-Socialista (Nazistas) fizeram parte da
Frente Única Nacional que lutava contra o Tratado de Versalhes e isso lhes
trouxe muita popularidade. Hindenburg havia assumido o poder e tinha apoio da
Social-Democracia. Hindenburg foi pressionado pelo exército que era fascinado
por Hitler, Von Papen aconselhou que Hindenburg nomeasse Hitler como primeiro
ministros e ele como vice - primeiro ministro. Hindenburg cedeu e, em 29 de
janeiro de 1933, demitiu Von Schleicher e nomeou Hitler primeiro ministro. Com
isso, o nazismo só cresceu na Alemanha, mais ainda quando o fascismo tomou
conta da Áustria em 1934 através de um golpe de estado.
Este
livro é muito técnico e teórico sobre uma parte muito delicada da nossa história,
pois estamos lidando com milhares de mortes assim como um país muito antigo e
desenvolvido. É uma leitura cansativa e complicada por conter nomes em alemão
de partidos e de lugares, que são fundamentais para a compreensão do livro como
um todo, porém é muito direcionada às pessoas ligadas ao curso ou ensino de
História, porque para se falar de algo primeiro se deve conhecer a fundo do se
trata.
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